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A Raposa e as Uvas

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  Um dia, uma Raposa viu um belo cacho de uvas maduras pendurado em uma parreira que cresceu nos galhos de uma árvore. As uvas parecia que iam explodir de tão suculentas, e a Raposa ficou com a boca cheia d'água só de olhar para o cacho. O cacho estava pendurado em um galho alto e a Raposa teve de saltar para tentar alcançá-lo. No primeiro salto que deu, faltou muito para a Raposa alcançar o cacho. Por isso, ela recuou uma pequena distância e correu para dar impulso ao salto, mas falhou de novo. Ela tentou e tentou e tentou, mas em vão.  Então, ela se sentou e olhou com desgosto para as uvas. "Que tola sou eu! Aqui estou me acabando para alcançar um cacho de uvas azedas que não valem meu esforço", disse ela.  A Raposa foi embora com muito, mas muito desdém.  Tem muita gente que finge desprezar e diminuir aquilo que está fora de seu alcance. Traduzido por Wisley Vilela Texto em domínio público Fonte do texto em inglês: http://read.gov/aesop/005.html

A Rata do Campo e a Rata da Cidade

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 Uma Rata da Cidade foi visitar uma parente sua que morava no campo. Para o almoço, a Rata do Campo serviu cachos de trigo, raízes, com um bocado de água fria para beber. A Rata da Cidade comeu quase nada, tirando um pouquinho disso e tiquinho daquilo, deixando bem claro pelo jeito de fazer isso que estava comendo aquela comida simples apenas para não ser rude. Depois da refeição, as amigas tiveram uma longa conversa, ou melhor, a Rata da Cidade falou muito sobre sua vida urbana, enquanto a Rata do Campo ouvia. Depois, elas foram dormir em um ninho aconchegante, na cerca de arbustos e descansaram calma e confortavelmente até o amanhecer.  Durante o sono, a Rata do Campo sonhou que ela era a Rata da Cidade, com todos os luxos e conveniências da vida na cidade que sua amiga lhe tinha descrito. No dia seguinte, quando a Rata da Cidade convidou a Rata do Campo para ir com ela à cidade, ela aceitou alegremente. Quando chegaram na mansão em que a Rata da Cidade vivia, encontraram uma mesa na

Um Chocalho na Gata

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Uma vez, os Ratos convocaram uma reunião para traçar um plano para se livrarem de sua inimiga, a Gata. Eles queriam pelo menos encontrar uma maneira de saber se ela estivesse chegando, para que tivessem tempo de fugir. De fato, algo tinha de ser feito porque, por causa do medo constante de caírem nas garras dela, eles dificilmente saíam de suas tocas, fosse noite ou fosse dia. Eles discutiram muitos planos, mas nenhum parecia adequado. Por fim, um ratinho muito jovem se levantou e disse: - "Eu tenho um plano que pode parecer muito simples, mas tenho certeza de que vai funcionar. Tudo o que temos de fazer é pendurar um chocalho no pescoço da Gata. Quando a gente ouvir o chocalho bater, vamos saber imediatamente que nossa inimiga está chegando." Todos os Ratos ficaram admirados de nunca terem pensado nisso antes. Enquanto eles se alegravam em rebuliço com grande ideia, um velho Rato se levantou e disse: - "Eu diria que o plano do jovem Rato é muito bom. Eu só tenho uma per

Os Sapos e o Touro

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  Um Touro foi a um banhado de juncos para beber água. Ao pisar pesadamente a água, ele esmagou um jovem Sapo na lama.  A velha Sapa não demorou a sentir falta do Sapinho e perguntou aos irmãos e irmãs dele onde ele estava. "Um monstro gigantesco", disse um deles, "pisou em nosso irmãozinho com seu pé enorme". "Ele era grande", disse a velha Sapa, estufando o próprio corpo. "Ele era deste tamanho?" "Não, muito maior", os Sapinhos responderam. A Sapa se estufou ainda mais. "Ele não poderia ser maior que isto", ela disse. Mas os Sapinhos todos disseram que o monstro era muito, mas muito maior. A velha Sapa continuou se estufando cada vez mais até que, de uma vez, ela explodiu. Moral da história:  É melhor não tentar fazer o impossível.

O Urso e os Dois Viajantes

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Dois homens estavam viajando juntos quando, do nada, surgiu um urso no meio do caminho deles. Um dos homens rapidamente trepou em uma árvore e se escondeu entre os galhos. O outro, vendo que seria atacado, se jogou deitado ao chão. Quando o urso se aproximou e o apalpou com o focinho, e o cheirou todo, ele prendeu o fôlego e se fingiu de morto o melhor que pode. O urso logo o deixou, pois ele não atacaria um corpo morto. Quando o urso já se tinha afastado o bastante, o outro viajante desceu da árvore e perguntou em tom jocoso ao companheiro de viagem o que o urso tinha sussurrado em seu ouvido.  -- Ele me deu este conselho: nunca viaje com um amigo que foge em face do perigo. O infortúnio testa a sinceridade dos amigos. Traduzido por Wisley Vilela . 

O Cachorro na Manjedoura

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Um cachorro se coloca na manjedoura e, rosnando e latindo, impede que os bois comam o feno colocado ali para eles. -- Que cachorro egoísta, disse um deles a seus companheiros. Ele mesmo não pode comer feno. Ainda assim, não deixa que o comam aqueles que podem. Egoísmo e inveja cultivados induzem esforços insanos para impedir a felicidade alheia. Traduzido por Wisley Vilela

A Tartaruga e a Águia

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A Tartaruga , preguiçosamente aquecendo-se ao sol, lamentou para as gaivotas sobre seu duro destino, que ninguém a ensinava a voar. Uma Águia , pairando ali por perto, ouviu os lamentos da Tartaruga e perguntou que recompensa a Tartaruga lhe daria, se ela a erguesse e a fizesse flutuar no ar.  -- Eu lhe darei todas as riquezas do Mar Vermelho, disse a Tartaruga.  -- Então, vou te ensinar a voar, disse a Águia. Tomando a Tartaruga em suas garras e a levantando alto quase até as nuvens, a Águia repentinamente a soltou, e ela foi cair em uma majestosa montanha, espatifando seu casco na queda. Na hora da morte, a Tartaruga exclamou: -- Eu mereci este destino. O que tinha eu que ver com asas e nuvens, eu que mal me movia na terra? Se tivessem tudo o que quisessem, os homens com frequência achariam a ruína.  Tradução: Wisley Vilela Texto original: